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domingo, 29 de junho de 2025

Polícia Federal desmonta maior esquema de corrupção eleitoral de Caxias e família Gentil pode pegar até 20 anos de cadeia

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Acidade de Caxias (MA) foi palco de um dos episódios mais sombrios e vergonhosos de sua história política. As eleições municipais de 2024, marcadas por escândalos e denúncias, agora têm a verdade revelada: uma investigação sigilosa conduzida pela Polícia Federal desmantelou um esquema criminoso altamente estruturado, articulado para manipular o resultado das urnas e manter o grupo político da família Gentil no poder.


O que parecia boato de bastidor se provou uma engrenagem bem montada de corrupção eleitoral, abuso de poder econômico, compra de votos, uso da máquina pública e organização criminosa.


Entre os episódios mais contundentes revelados pela PF, está o caso de uma proposta feita pelo então prefeito Fábio Gentil, que ofereceu R$ 20 mil em dinheiro vivo e um cargo público a um aliado, em troca de apoio político.


A novidade é que as mensagens interceptadas pela PF foram confrontadas com a realidade, e a própria pessoa, em conversas analisadas, afirma claramente que "recebeu os 20 mil". A Polícia Federal confirmou que esse indivíduo está, de fato, atualmente empregado na estrutura da Prefeitura de Caxias, recebendo salário pago com dinheiro público.


Esse episódio não apenas reforça a materialidade do crime, como também comprova a existência de compra de apoio político com recursos ilícitos e tráfico de influência, caracterizando uma prática organizada e deliberada.


Em outro ponto da investigação, destaca-se o conteúdo de uma conversa entre uma assessora e amiga pessoal de Gentil Neto, que, às 9h da manhã do dia 6 de outubro de 2024autorizou a entrega de R$ 10 mil a um terceiro. A suspeita da PF é de que o valor seria destinado à compra de votos.


A mensagem, direta e objetiva, dizia: "O Leandro vai te entregar logo os 10k do Bonfim". O horário e o contexto colocam o episódio no centro do esquema de corrupção eleitoral, em plena movimentação do dia da votação.

A investigação também revelou que vários servidores públicos tiveram seus salários aumentados durante o período eleitoral sem justificativa técnica, alguns dobrando seus vencimentos em curtíssimo prazo. Além disso, reuniões com secretários e lideranças foram feitas fora da sede do governo, em locais como Marília Eventos e Carmeci Eventos, conforme confirmado por mensagens de Fábio Gentil que afirmava:


"Tenho visitado calado pois não posso ter abuso de poder".

- Fábio Gentil, em conversa com outro investigado.

A PF aponta que a intenção era clara: burlar a fiscalização e continuar operando o esquema com aparência de legalidade.




A PF também conseguiu mapear pontos de compra de votos em diversos bairros de Caxias, onde operadores do grupo político atuavam diretamente na coação ou aliciamento de eleitores.


As provas incluem comprovantes de transferências PIX, registros de listas de pagamento, áudio de conversas combinando entregas e até vídeos de reuniões políticas em espaços privados usados para evitar fiscalização.



A atuação da Polícia Federal em Caxias entra para a história como exemplo de combate à corrupção sistêmica e à impunidade. Com técnica, paciência investigativa e independência, os agentes federais desmascararam um esquema milionário, movido a poder, influência e desrespeito à democracia.



A verdade veio à tona — e com ela, a oportunidade de justiça. O povo de Caxias merece eleições limpas, gestores comprometidos com o bem público e um futuro livre de amarras políticas criminosas.


Com base nas provas obtidas, os investigados podem responder por:



Organização criminosa (Lei 12.850/2013) – 3 a 8 anos



Corrupção eleitoral (art. 299 do Código Eleitoral) – até 4 anos


Abuso de poder político e econômico (LC 64/90) – inelegibilidade por até 8 anos


Fraude eleitoral (arts. 289 e 290 do Código Eleitoral) – até 5 anos


Tráfico de influência (art. 332 do Código Penal) – 2 a 5 anos



Somadas, as penas podem ultrapassar 20 anos de prisão, além da cassação de mandatos, perda de cargos públicos e suspensão de direitos políticos.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Com salários à 5 meses atrasados, Prefeito Tanios já repassou quase R$ 1,4 milhão para empresa ligada ao seu assessor




Enquanto servidores efetivos e contratados da Prefeitura de Anapurus enfrentam o drama de cinco meses de salários atrasados, a gestão do prefeito Dr. Tanios segue priorizando o pagamento de empresas ligadas a pessoas de sua confiança. Uma das situações que mais causa revolta na população é o volume de recursos públicos já destinados à empresa GRAN SERVIÇOS, que segundo denúncias, pertence a um laranja de um dos principais assessores do prefeito.


De acordo com documentos e dados obtidos por fontes locais, a GRAN SERVIÇOS já faturou quase R$ 1,4 milhão somente neste ano de 2025. Isso tudo enquanto professores, agentes de saúde, garis e outros servidores municipais enfrentam a humilhação de trabalhar sem receber e de acumular dívidas para sobreviver.


Além da revolta com o descaso, o que chama ainda mais atenção é a postura do prefeito, que insiste em jogar a culpa dos problemas financeiros da prefeitura para a gestão anterior, comandada pela ex-prefeita Vanderly Monteles. Tanios segue repetindo o discurso de “herança maldita”, mesmo após mais de um ano de mandato e sem apresentar soluções concretas para o caos administrativo.


A situação tem gerado protestos e indignação entre os moradores de Anapurus, que cobram transparência nos contratos da prefeitura e, principalmente, o pagamento imediato dos servidores, que estão vivendo uma verdadeira calamidade social.


Enquanto o dinheiro público segue escorrendo para empresas suspeitas, a população paga o preço da má gestão e da falta de compromisso da atual administração com os direitos básicos dos trabalhadores.


 
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