No município de Anapurus, a sensação de impunidade paira no ar diante das graves denúncias envolvendo figuras públicas. A ex-prefeita Vanderly Monteles e seu marido, Ivanildo Monteles, estão no centro de uma série de escândalos políticos e comportamentais que levantam questionamentos sobre a atuação da Justiça na região.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a ex-gestora afirmando que “Deus iria castigar quem não votou no candidato apoiado por ela na ultima eleição”, numa clara tentativa de coagir eleitores com discurso religioso.
Em outro registro durante a eleição de 2024, Ivanildo aparece segurando bolsas e afirmando que a famosa “mala preta” está sob seu controle, o que foi interpretado como uma insinuação à prática de compra de votos.
Além das acusações de irregularidades eleitorais e uso indevido de recursos públicos, o histórico do casal é marcado por episódios de violência doméstica e polêmicas familiares.
Ivanildo já foi acusado de agredir fisicamente a própria filha com um facão e de disparar tiros contra uma motocicleta da mesma, após a jovem ter descoberto um caso extraconjugal que levou à separação do casal.
Mesmo diante de acusações tão graves — que vão desde corrupção e assédio moral até violência familiar —, as autoridades locais não tomaram medidas efetivas, o que reforça a percepção de que a justiça estaria “de olhos fechados” para os acontecimentos em Anapurus.
O caso ilustra o quanto práticas de abuso de poder e desvios de conduta ainda encontram espaço na política de municípios do interior, onde muitas vezes o poder se mantém concentrado nas mãos de poucos e o controle social é fragilizado.
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