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terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Policia Federal investiga Bruno Silva por irregularidades em contratos da prefeitura de Coelho Neto


Uma parte da investigação é sobre um acordo fechado na primeira gestão do prefeito Bruno Silva, com pagamentos de quase R$ 2,6 milhões. Guedes Construções e proprietário da empreiteira já foram alvo de operação da Polícia Federal.

Polícia Federal investiga um contrato firmado pela Prefeitura de Coelho Neto, município localizado no Leste Maranhense, na região dos Cocais, durante a primeira gestão do prefeito Bruno Silva (PP).


No acordo, celebrado com a Secretaria Municipal de Educação em 2022, a empresa Guedes Construções se comprometeu a executar serviços de engenharia para reforma e/ou manutenção de escolas da rede pública do município.


Do valor global de R$ 3 milhões do contrato, segundo dados do Portal da Transparência, foram repassados quase R$ 2,6 milhões à empreiteira, fragmentados em 16 pagamentos.


Sigiloso, o inquérito foi instaurado pela PF em 2023, cerca de um ano após a contratação, e se concentra na aplicação de recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).


Desde 2021 o município de Coelho Neto é comandado por Bruno Silva, reeleito no ano passado. Já a empreiteira, registrada com endereço no Morada do Sol, bairro em Teresina (PI), tem como sócio-administrador Ícaro Guedes Alcoforado Costa.


O blog questionou a gestão municipal sobre a regularidade da execução dos serviços contratados e pagos à Guedes Construções e existência de documentação que comprove a realização desses serviços, com indicação de como poderia ser acessada. Não houve resposta.


Em dezembro de 2023, a Guedes Construções e Ícaro Guedes foram alvo da Operação Creta, da própria PF, em investigação sobre crimes de fraudes a licitações, desvio de recursos, corrupção e lavagem de dinheiro.


O esquema, segundo apuração iniciada pela CGU (Controladoria-Geral da União), usava empresas de fachada para subtrair recursos públicos federais destinados a municípios piauienses por meio de emendas parlamentares.


Na operação, os agentes federais cumpriram mandados judiciais de busca e apreensão. Também foi decretado contra a empreiteira e Ícaro Guedes o bloqueio e sequestro de bens, no valor de pouco mais de R$ 1,4 milhão, de cada.


À reportagem, Ícaro Guedes disse por e-mail que o objeto do contrato foi completamente executado, mas sem detalhar ao qual se referia, se ao firmado com a gestão Bruno Silva em Coelho Neto ou ao contrato investigado no bojo da Operação Creta.


Ainda segundo o empresário, o MPF (Ministério Público Federal) recebeu todas as informações e documentos a respeito do contrato citado, “deixando claro não haver nenhuma irregularidade no mesmo”. Apesar do retorno, ele não deu acesso à documentação, conforme afirmou que faria.

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