O nome do governador Camilo Santana foi utilizado para tentar acessar um recurso do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que era destinado a um município do Pará. Caron destacou que, 4 horas depois da clonagem, no último dia 4 de agosto, a Polícia Civil já havia conseguido bloquear o acesso do hacker ao celular de Camilo. "Não teve tempo de consumar o golpe", conclui o secretário.
SUSPEITO OSTENTAVA EM SÃO PAULO ANTES DA PRISÃO
A Delegacia de Combate aos Crimes de Lavagem de Dinheiro (DCCLD) e o Departamento de Inteligência Policial (DIP), da Polícia Civil do Ceará, descobriram que Leonel Júnior estava em São Paulo. Segundo os investigadores, o suspeito estava "ostentando" na capital paulista com dinheiro proveniente de golpes, em restaurantes e hotéis luxuosos.
Uma equipe policial se deslocou para São Paulo, mas Leonel viajou para a sua terra natal, São Luís, onde outra equipe policial também o esperava. Na capital maranhense, os agentes de segurança conseguiram cumprir um mandado de prisão preventiva contra o hacker, em uma residência de alto padrão onde ele morava.
No imóvel, a Polícia apreendeu três veículos (um Land Rover Discovery, um Fiat Cronos e um UTV – veículo utilitário multitarefas), aparelhos celulares, notebooks, drone e maquinetas para cartões magnéticos. Entre o material, estavam um celular e um notebook utilizados pelo suspeito para clonar o aparelho do governador Camilo Santana.
"Trata-se de um criminoso de alto conhecimento tecnológico, que não visava buscar dados financeiros e retirar dinheiro da conta do governador. Ele usava a imagem de autoridades de todos os estados da Federação para aplicar golpes em instituições financeiras, visando a retirada de dinheiro público", disse Edvando França, diretor do DIP.
Leonel Júnior foi autuado pelos crimes de invasão de dispositivo eletrônico, estelionato tentado e consumado. E ainda será investigado por lavagem de dinheiro e furto mediante fraude.
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